Ao refletirmos sobre o ensino da Matemática nas
séries iniciais, percebemos que as oficinas é um método que auxilia na capacitação
de professores, gestores e demais responsáveis pelo processo educacional. Na
escola, muitas vezes essa vitalidade desaparece ou fica adormecida, quando
professores e alunos são levados a repetir práticas de ensino-aprendizagem
clássicas, sem muito espaço para a participação ou a criatividade. No entanto,
há dispositivos pedagógicos, bastante acessíveis às escolas em geral, que
dinamizam o processo de ensino aprendizagem e estimulam o engajamento criativo
de seus integrantes. É o que pensamos acerca das oficinas pedagógicas, espaço
em que os ideais de transformação e diálogo na escola são realidades em
permanente construção.
Entendemos a oficina pedagógica como uma
metodologia de trabalho em grupo, caracterizada pela construção coletiva de um
saber, de análise da realidade, de confrontação e intercâmbio de experiências,
em que o saber não se constitui apenas no resultado final do processo de
aprendizagem, mas também no processo de construção do conhecimento. E assim,
desenvolver uma experiência de ensino e aprendizagem em que educadores e
educando constrói juntos os conhecimentos num tempo-espaço para vivência, a
reflexão, a conceitualização: como síntese do pensar, sentir e atuar. Como o
lugar para a participação, o aprendizado e a sistematização dos conhecimentos.
Logo, as oficinas pedagógicas podem ser
uma valiosa estratégia de formação continuada para educadores e educadoras
escolares, desde que haja certa estabilidade do grupo em que essa formação
acontece com as oficinas, além de interagir, os profissionais da educação,
tanto ensinam quanto aprendem: ensinam certamente, conteúdos formais de cuja
transmissão é encarregada; aprendem, porque, como se sabe, essa transmissão não
é automática, mas supõe uma construção cognitiva individual de cada aluno e
aluna, favorecida pelo trabalho coletivo. No entanto, isso de fato só ocorre,
se a formação profissional contínua é enriquecida pela construção coletiva de
saberes na escola, a partir também dos vínculos que lá se estabelecem, que
carecem igualmente de um vínculo com a instituição, que permita a motivação e o
investimento pessoal no trabalho pedagógico.
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